Moinhos de Vento

Diante do pôr do sol

sangrando em lágrimas

vejo mais uma noite

chegar sem o seu perfume

Nunca senti meu corpo

tão frio e sem vida

pois seu calor está ausente

e esse vento de repente

vem girar minh’alma

como agonizantes moinhos de vento

Minha vida, agora morta

jogada em um canto qualquer

da noite que devora corações,

necessita do seu toque

do seu carinho contínuo

Mas essa noite em orvalho

frio é longa, me sinto sozinho

e os moinhos, giram com

o vento que sai dos seus lábios

para me trazer mais saudade

Estou calado,

mergulhado em mim

sentindo o vazio do eu

que depois do seu,

dos nossos beijos

em gracejos lindos

me falam de saudade

Os moinhos de vento

atentos a minha solidão

guiam-me eternamente

com barulho de moenda

moendo meu coração

Paulo Raven
Enviado por Paulo Raven em 06/03/2019
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