Olhar nas mãos
eu trago a saudade nas mãos
os pés descalços que tanto correm
o corpo cansado e os olhos fixos no que se pode ver
e a saudade nas mãos
a mente ocupada e cheia
os objetivos subindo seus próprios degraus
a correria me impulsiona
e
um aperto o peito
não consigo ver ao certo quando me deixei levar
o caminho que me leva apenas para frente
não me permite voltar
os olhos se despertam dessa fixação
olhar nas mãos
nas minhas mãos, la está
a saudade