Arobedeana
Ao tocar a canção
eu lembro
tanto setembro
que há no coração
Um tempo inteiro
de centenas de janeiros
O que ainda trago
de paixão
O fumo que fumo
o gole que bebo
o rasgo, o consumo
o amor em meio ao medo
O segredo do seu nome
ser neve, ser vulcão
Quando toca a canção
provoca a alma
A calma se esconde na toca
A palma sem tato
se desalma
As digitais fogem da mão
E eu todo nada
tudo sou
na contradição
Tem paixão que é assim
não aceita o fim
e se vê em solidão
A música lembra que em mim
o afim é sonhar
com ilusão
22-01-2021
08h43min