SAUDADE BANDIDA

Estou aqui

Cobiçando a memória

Plantando nesta terra

Confinada aqui no quarto

Saudade que desperta

Bate forte aqui no peito

Explosão de sentimentos

Em plantações de beijos

Tiro as lágrimas da janela

Sussurrando doces palavras

Deixando a alma molhada

Rio que deságua

Lavando as encostas

Dando liberdade a vida

Cortina entreaberta

Invade o ambiente

Deixando pigmentos

Da madeira sobre o leito

Reflexo na vidraça

Degustando as curvas

Lábios que aquecem

Dando sentidos aos toques

Mordidas sedentas

Deixando pegadas

Mascas vividas

Saudade bandida!