Carta a minha amada.

Carta a minha amada.

(Sávio Assad)

Ouvindo o som de sua alma, recordo dos tempos vividos ao seu lado.

Seus cabelos de uma suavidade incomum, me fazia suspirar profundamente.

Suas mãos delicadas sempre a acariciar meu rosto e ele a te fitar.

Sua pele tão macia, que eu encontrava a verdadeira paz, ao seu colo.

Suspirando meus anseios de homem viril e sempre amado, por você.

Nossos caminhos se entrelaçaram em uma noite de verão, a beira do Rio Sena,

Você lindamente vestida me chamou a atenção e te desejei, naquele momento

Boca seca, lábios ardentes e olhar felino, era tudo o que eu sonhava.

Fiquei a olha-lá por várias horas, seu delicado e místico encantamento

Que sacudia todo o meu ser e fazia meu olhar te penetrar mais perigosamente.

Nossos olhos se cruzaram e fui agraciado com o seu sorriso de menina,

Me encantando mais ainda, voando meu pensamento estava, já não me concentrava,

Já havia me enfeitiçado, já não conseguia guiar os meus próprios passos, já era seu.

Fui me sentar ao seu lado e lindamente me puxaste para seu colo, sedoso e puro.

Havia encontrado a paz, havia encontrado o meu amor, você estava ao meu lado.

Agora lágrimas rolam queimando minha face, nas encruzilhadas da vida, te perdi.

O vazio tomou conta de meu coração, solitariamente caminho, entre os jardins

Que minha alma construiu, quando estava ao seu lado, cintilando borboletas azuis,

O inverno chegou, arrancando sua imagem dos meus olhos, deixando só ilusão,

Reflexos de dias de suaves canções e de amor, nunca esquecidos.

Minhas carnes ainda reclamam as suas carnes, estou perdido, neste espelho da vida.

Niterói - RJ - 15/12/2007

Sávio Assad
Enviado por Sávio Assad em 16/12/2007
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