Virá sem aviso.

Figuras se apagam, e ao relento sofrem do frio.

Entre a fuga e a prisão, ambas forjadas,

Do mais fino metal derretido.

E mais que brasa o incêndio que paga.

O fulgor que cega,

De nada serve, ainda sinto frio.

Horizonte aos poucos fugiente,

Desperta o esquecimento.

De nada servem as fotos, que do futuro nada dizem.

De nada vale a mais valia, quando o valor é medido em sentimentos.

De nada vale o dito popular, que nada diz sobre o amor.

Dessa vida, o que se sabe?

E o porvir? Virá sem aviso.

De nada vale a palavra dita, quiçá a escrita.

Meus gestos falam por si só.

A cabeça que teima em pender para frente,

As mão que tremem sem aviso,

Os olhos que ainda sofrem.

Leo Magno Mauricio
Enviado por Leo Magno Mauricio em 06/08/2008
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