Choro
Não sei calar meu pranto,
me espanto com a saudade
que carrego no peito.
Levo a vida em desatino,
meu destino é embaraçado
em coisas que não aceito.
Trago uma indagação constante
e no instante em que a faço
percebo que não tem jeito.
Quando choro porém,
ninguém compreende
que só peço respeito,
Nada Mais
Rio de Janeiro, 25 de novembro de 1987