Lágrimas de escárnios
Meus dedos têm vida própria
Querem tudo e nada
Vêm mais sem te tocar
Sentem-te mais porque não estás
Perdem-se mais sem ti
No fundo são guerreiros
Crentes de falsas crenças
Alimentam-se do pouco toque inexistente
Há apenas a obsessiva loucura
Só vontade de regressar
As lágrimas de escárnios
Meus braços parecem-me agora mais longos,
Os meus dedos esguios e compridos,
E quero esticá-los mais
Ser de elástico…
Voltar e tocar-te.