Murmurio da meia-noite

Ouço as batidas da porta

que batem e me rebatem

levam-me e me amedrontam

murmurio silencioso da meia-noite

o vento corta as ruas

chovem lembranças

corre o lápis

bate à porta o sonho e a esperança

Vem o frio, o infinito

as nuvens voam

o céu desce...

as luzes outrora acesa, se apagam

as batiads continuam

ouço meu coração a mil

dois por uma sensação estranha

o murmúrio inquietante se extinguiu?

e durante a meia-noite

inteira noite a escrever

o lápis no vento some

a porta se aquieta na vontade de me ver

se cansa de esperar pelo descanso

das batidas na porta já se esqueceu

meia-noite inteira ouvindo o murmúrio do vento

inteira-vida, meio silencoso a ser apagado pelo seu inquietante eu...

Menino
Enviado por Menino em 19/05/2006
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