MADRUGADA
Sempre chorei as madrugadas perdidas
do meu sono.
E em sonhos, olhos abertos para o céu frio do teto.
As estrelas brilham numa mistura de luz
e lágrimas.
O meu quarto fala.
A minha cama ouve.
E eu muda, tento desmanchar o nó
na garganta.
Faço explodir a poesia que povoa
meu pensamento,pois é da madrugada
a poesia.
É da madrugada o silêncio.
O amanhecer não tarda...
com seus sons de vida,
evocando um sol de abril.
O amanhecer não tarda a enterrar
a madrugada com as suas estrelas
e com o meu pranto de poesia.
E eu carrego a madrugada
nestes meus olhos...
com sinais de orvalho...
Perla Madra
Enviado por Perla Madra em 20/05/2006
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