Como Criança...

A lua prateada no negro céu.

As folhas que voam ao vento, ao léu;

A noite cheia de mistérios e saudade

Traz a melancolia com pontual lealdade.

Olho a janela, e num suspiro encho os pulmões.

Do ar frio da noite, que traz recordações.

A infância, os temores, os amores, as lagrimas.

A brisa tem sabor e som de melodias nostálgicas.

A noite mexe com nossa emoção,

Faz com que confundamos emoção, amor, coração...

Prefiro o dia, o sol, que clareia e aquece;

O perfume da manhã, que inebria e entontece.

Quando chega a noite, tudo é recolhido.

A alegria, a fantasia, as brincadeiras, me sinto encolhida.

Uma tristeza invade meu coração, meu corpo;

Só em sonho, me vejo sob o ardente sol, em verdejantes campos;

Agora é a lua, lânguida que me olha nesse instante.

Como se sempre me repreendesse; não consigo fitá-la.

Agora mulher, sem brincadeiras, sem fantasias para enfeitá-la.

A noite surge ainda mais tristonha e infinitamente constante...

Tânia Santos
Enviado por Tânia Santos em 11/05/2005
Código do texto: T16254