Trilhas Infinitas

Com mãos atadas pelo que não vejo

De queixo caído pelo que desejo

Ego enaltecido pelo que é visto

Vontade perdida pelo desperdício

Navego, vôo, caminho e corro

Terra a vista, céu azul

Bosques, jardins e bandeiradas

Naufrago, alvejam-me, tropeço e caio

Euforia noturna pelo simples tchau

Madrugadas mal dormidas em pensares

Consciente, realista e pessimista

Presente em uma fábula, um êxito mentiroso

Tantos caminhos já apresentados

Quantas partidas e meios empolgantes

Quedas foram vistas, atrasos mantidos

Levantes eu tentei, e o desfecho nunca se alterou

Amparo amigável, efêmeros sorrisos

Os conselhos foram dados

Os métodos observados

Incompetência ou criação?

Terceiros são vitimados

Infinita e dolorosa gestação

Chances já se foram

Expectativas que criei

Dissolvera, sumiram e ficaram

Nem fujo, nem fico, nem decido

Por toda a minha a vida

Por essas trilhas infinitas

Antonio Leonardo Santos
Enviado por Antonio Leonardo Santos em 03/06/2006
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