Calei o peito, numa noite fria
Não havia palavras para acalmar a tempestade
Meu ser em erupção elevava ao céu lavas de dores
Por que fui me deixar levar pela correnteza?
Ah, destino! Insano menino que brinca de esconder
Ah, distância que me impede de tocar meu anjo!
Por que me abriste os portais do paraíso
Se não me destes asas para alcançá-lo?
Subo em sonhos e pesadelos, apelo para o vento
Mas, só há uma brisa mansa que me reveste
Calei o peito numa noite fria e chorei
Chorei o vazio que habitava em mim
E não me restou mais nada...