Tristes dias.

Há dias em que o sol emana

uma triste energia.

Dias em que se pode tocar

a alma que adormece docemente.

Há dias em que o maior dos estrondos

passa despercebido por uma alma que vagueia no silêncio.

Dias em que aquele grito que estava entalado

finalmente se liberta e ecoa no vazio.

Há dias em que constatamos

a morte de todos os sonhos.

Dias em que percebemos que

amar não é garantia de ser amado.

Há dias em que percebemos

as mãos vazias.

Dias em que esse vazio

tenta nos engolir.

Há dias em que caímos de joelhos

e choramos diante das nossas forças que jazem mortas à nossa frente.

Dias em que se deseja profundamente

adormecer eternamente.

JuSousa
Enviado por JuSousa em 28/07/2006
Código do texto: T203586