Fico olhando teus olhos

Teu rosto, por entre palavras

Tento medir distâncias, não consigo

Encontrar respostas nos teus lábios

Nesses cabelos que não cheiro

Nesses ombros que adivinho

Fico lendo do avesso

Invertendo o reverso do três por quatro

Querendo encontrar o que não tenho

O que não existe, o sonho passado

Uma alma que não te pertence

Uma, mais uma mentira, outro pecado

Não posso, não quero, só devo

Continuar duvidando da tua ausência

Dessa paz que me incutes mas não é tua

Dessa dor que alivias mas não és cura

Dessa essência que devolve a vida

Mas a que um corpo não se habitua

Não, porque és demais para mim

Para um peito humilde de um homem só

Porque teus beijos, os que supus

Os abraços com que sonhei

Todas as palavras que juntei e somei

Toda a luz que dispuseste e eu abraçei

Fazem á volta do meu pescoço um nó.

TrabisDeMentia
Enviado por TrabisDeMentia em 14/08/2006
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