Às almas solitárias
Doce e triste alma
Que vagueias pelo negrume
Do inferno terrestre
Queres ar
Mas os demónios
Da vida não te deixam
Puxam-te sempre
Para eterna escuridão
Da solidão
Sentes-te só e abandonada
Pobre alma, pobre servo do amor
Desejas e anseias por uma mão
Que te puxe para a luz
Que ilumine a tua vida
Dê brilho e cor
A tão malfadada e condenada
Conduta de vida
Tem coragem, mendiga
Aguarda e a tua vez virá
O que tiver de ser teu
À tua mão virá ter!
Tu, coração que choras
Coração que não esperas
Para ser feliz
E anseias por uma ceifada
Nada temas
Aguarda na tua perspicácia sofredora
No dia do juízo
Tu te salvarás