Tempo vazio

Tão vazio eu estava,

olhando a imensidão do nada,

sem olhos...

e um olhar frio...

Quem sou eu naquela hora?

Um progétil flexível,

cortando o ar?

Cada segundo depois do fim?

Ou o que antecede cada começo?

Nenhum som,

nenhuma carne.

Talvez uma miragem,

um sorriso de desfarce...

as mesmas faces em noites intrafegáveis...

Quem sou eu a qualquer hora?

E o que é o tempo quando eu nem era?

Apenas olho a imensidão do nada...

Tão vazio estou e estava...

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 22/11/2010
Código do texto: T2631027
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