Esperança

Ocupa-se languida, a tentar, a tentar,

Marcar na pedra algum sinal de amor.

Pedra que é fria, feito a solidão.

Não vês além, que corte que é imóvel, é fenda,

Em movimento é ferida.

Não cicatriza, não cessa de sangrar.

Destina-te a conter, sem perceber o muito que já escorreu.

Anos de derramamento, escoam eternas as minhas conquistas.

Não te gastes, não comigo, procuras logo algum abrigo,

O tempo é outro, irão caçar cada vontade, cada desejo,

Cada meio sorriso de esperança, a partir de hoje, será proibido.