SILÊNCIO

*Fanny*

Talvez o horizonte ainda chore

estrelas de saudade

nestes dias e noites de silêncio

em que eu caminho solitária

por nuvens de incerteza e amargura.

Talvez no refúgio das estrelas,

nos jardins secretos da Lua

habitado por fadas azuis

de sonhos e quimeras,

eu ainda perceba a voz

de um anjo revelador

e entenda enfim a verdade

nas encruzilhadas

das tempestades.

Quisera eu afastar as rajadas

daqueles ventos exasperados!

Varrer do firmamento tantas mágoas

e pintá-lo com a ternura daquele arco-íris

de aguarelas celestiais

que eu perdi nas cordilheiras da ilusão.