Pensei em cortar os pulsos essa madrugada.
Me acovardei!
Lembrei dos que me amam...
Hesitei!

Eu quis cortar os pulsos,
porque não aguento essa dor, tão dor.
Podia tomar uma dose alta de calmantes,
acompanhados de uma bebida inebriante,
Deitar e morrer.
Morte limpa.

Não entendo... Morte antônimo vida,
                            Amor antônimo dor.

De madrugada a dor é mais forte.
O silêncio é corte sem anestesia.
A noite é má companhia.

Por sorte canetas não cortam pulsos,
Poesias não são barbitúricos,

Meu pulso ainda pulsa...
Nele ponho o relógio - acerto as horas...

A dor ainda é muita dor
Mas VIVA! Vejo que sol já raiou.



Laura Duque
Enviado por Laura Duque em 10/05/2011
Reeditado em 23/05/2011
Código do texto: T2961479