A voz da razão

Quando a razão cala o coração...

Todos os sonhos fenecem...

Só grita a louca voz da aflição.

Todas as emoções adormecem...

Os anjos se calam em triste oração,

O tempo passa lento, arrastado...

A vida perde o brilho... a razão...

Como uma condenada à prisão.

Uiva o vento num lamento dorido,

Chora a chuva desconsolada,

As flores perdem o colorido...

Geme a alma amortalhada...

Se a razão fala, é hora de esquecer.

Tudo para... tudo lá fora é deserto...

Voam longe os dias do bem-querer...

O futuro é temeroso e incerto...

A voz da razão... já nada permite fazer...

Não há mais presente, nem passado,

A razão repete... é melhor esquecer!

Assim... parte o amor triste e derrotado!

A razão é sábia, ninguém pode contestar...

Se ela fala... não há mais o que almejar...

A paixão e a alegria... ao silêncio dão lugar,

O amor-próprio chega para da dor se alijar!

Novos horizontes e sonhos devem existir...

Ninguém sabe do amanhã, do que está por vir!

Mary Trujillo

17.06.2011

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Mary Trujillo
Enviado por Mary Trujillo em 27/06/2011
Código do texto: T3061195
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