Vejo tua palavra, Olho a minha.
Vejo a prosa e o contar.
Vejo a alma exposta do virtu, e nas palavras, vãs tentativas de se explicar.
Se sou o camaleão que nada reflete,
como irei também a ti me mostrar?
Tu que escreves ao mundo,
com palavras soltas numa fria liberdade,
porque compõe preso a sua imagem?
Solte-se do medo, ira ou vaidade,
pois há que descer a cortina da realidade,
a partir de então, de nada adiantará o anonimato nessa viagem.
Por momentos consigo me descrever.
Silencioso.
Só eu me escuto.
Só eu me conheço.
Há tanto por falar em mim.
Só meus momentos podem falar de mim.