Vejo tua palavra, Olho a minha.

Vejo a prosa e o contar.

Vejo a alma exposta do virtu, e nas palavras, vãs tentativas de se explicar.

Se sou o camaleão que nada reflete,

como irei também a ti me mostrar?

Tu que escreves ao mundo,

com palavras soltas numa fria liberdade,

porque compõe preso a sua imagem?

Solte-se do medo, ira ou vaidade,

pois há que descer a cortina da realidade,

a partir de então, de nada adiantará o anonimato nessa viagem.

Por momentos consigo me descrever.

Silencioso.

Só eu me escuto.

Só eu me conheço.

Há tanto por falar em mim.

Só meus momentos podem falar de mim.

William Marcos
Enviado por William Marcos em 15/07/2005
Código do texto: T34557