Tristeza nos olhos

Triste... Esse teu olhar.

Minha tristeza tem limites, sua tristeza não me diz isso. Arrisco um palpite inocente com mãos húmidas embebidas em lágrimas incandescentes.

Toco o sal do teu jorro em um lubrificante de descontentamentos. Entendo teu doce sacrifício, mas como disse não entendo tanta tristeza. Por que tanto desprezo?

Seria a liberdade dos teus sentimentos presos em um todo e coeso? Apenas escorre agora e te deixo ir embora, sem importa-me em outrora sentir tamanho apego, pela dona do liquido que aflora.

Na íris gelatinosa que tudo aprecia, tristonhamente observa as expressões contorcidas das feições do meu rosto que tu querias. E no brilho falso e meigo do teu ver, felicidade... Em ver-me contorcer-se.

Bezerra Neto
Enviado por Bezerra Neto em 22/08/2013
Código do texto: T4446562
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