Aguda

Acabou, chegou ao fim...

Sem sim, melhor assim.

Morre-se na certa hora,

Desespero sem mancha de sangue,

O vidro e o olhar.

Ninguém vê e nada se sabe,

Cada mundo é cada um,

Vidas são vidas para quem as vive,

As dos outros, vemos passar...

Então nessa hora escura, onde nada se escuta,

Lanço no ar notas de dor, cantando o fim...

E no pensamento de um grito,

Seguro e sufoco, aguda... Aguda esta luta em mim...

Dói com falta de ar, respirar para viver.

Ver a morte e a vida, saber-se ferida,

Cansaço e lida,

Expresso trem da ida...

Rouba-me daqui querida...