Rio de lágrimas

Vai-se ladeira a baixo

Por entre as pedras.

Correndo e gemendo

Num lamentar de tristeza.

Joga-se do penhasco

De uma altura inacreditável.

Continua por entre as matas.

Desce toda a encosta

Num respingar de lágrimas

Até chegar às planícies.

E deslizar suavemente

Contornando a vegetação.

Sem nenhum afluente.

Nas curvas serenas e turvas

Caminhas tristes em solidão.

Viajando noite e dia

Numa calmaria profunda

De cortar o coração.

Faz todo o percurso

Cumprindo sua missão.

Atento sem desanimar.

Matando a sede

De animais e plantas

Até chegar ao mar.

Candio Domingues
Enviado por Candio Domingues em 18/07/2014
Reeditado em 18/07/2014
Código do texto: T4886398
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