Ausente e indiferente...

Sinto-te distante

E uma dor me sufoca.

Solitária e errante,

Sinto minha alma morta.

A Solidão fica a valsar com o Vazio

E meu coração pulsa em triste sinfonia...

Um tenebroso e gélido arrepio

Transforma a sublime esperança em cinzas...

Vejo-te em cada detalhe que me cerca

E não consigo dominar a cruel saudade.

Como dói a felicidade incerta!

Para nós não há possibilidades.

Uma parede de vidro nos aprisiona:

Podemos nos ver, mas não podemos nos tocar...

A cada noite, experimento a agonizante insônia:

Nem nos sonhos consigo te alcançar.

O vento impetuoso apaga o brilho do meu olhar,

O frio da indiferença congela o meu coração;

O desamor me faz sucumbir, me faz chorar...

A alegria torna-se fúnebre canção.

Sem ti, meu amado, nada faz sentido.

Ainda me lembro dos tempos em que ouvia tua doce voz...

Sonhava que o nosso amor se perpetuava no paraíso,

Mas logo surgiu a realidade tão amarga, tão atroz!

Vago: assim é o meu viver...

A fonte secou e só ficou a melancolia.

Já não aguento tanto sofrer...

Tua ausência levou minha alma e minha poesia.

Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP)
Enviado por Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP) em 15/03/2015
Reeditado em 18/03/2015
Código do texto: T5171444
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