Coração em desalento

Como pétalas a cair,

As lágrimas querem surgir...

Uma dor que não posso conter

Insiste em me corroer...

Como um espinho a me ferir,

Como uma miragem a me iludir,

Esse amor revelou-se, afinal,

Tornando-se um veneno mortal.

E tudo em que eu havia acreditado,

Todo sublime sentimento cultivado,

Perdeu-se para sempre, no Vale da Decepção.

Quisera ter uma pedra no lugar de um coração!

Quisera ser inabalável!

Mas o tolo coração é tão amável...

Mesmo sofrendo, ele insiste em te amar

E alimenta a esperança de que vais regressar...

Como Penélope a aguardar Odisseu,

Meu fiel amor será só teu.

Regressa, meu amor, ouve a minha voz no vento...

Sente quão doloroso é viver em desalento...

Recebe o meu perdão como a doce brisa

Que afaga o teu rosto e, o teu caminho, suaviza.

Tua ausência é como a morte,

Caminho sozinha, sem vida, sem norte...

Volta, amor, eu insisto!

Dê fim ao meu amargo suplício...

Preciso de ti, meu eterno amor...

Vem tirar do meu peito essa tenebrosa dor.

Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP)
Enviado por Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP) em 02/08/2015
Reeditado em 02/08/2015
Código do texto: T5332398
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