CULPADA DO AMOR

Do primeiro eu ouvia:- Minha preta... você nunca vai me abandonar... eu te amo.

E num surto, ele me traiu, tudo esfriou, eu sofri e chorei. E o sexo? Foi embora, o amor agora era nojo. E depois um tapa, fui embora.

O segundo era de "Deus" citava a bíblia todo dia com aqueles versículos de " mulher virtuosa";. Fazia planos de casamento, de filhos, de viagens.

E num surto, sumiu, correu, apareceu noivo e na semana seguinte casado.

O terceiro era doce, jovem, amável. Me chamava de: - Minha linda e Bebê. Um dia foi mágico, de beijos e abraços e pedido pra eu não ir embora. De enlaçar-me nos braços. E um dia o trágico de murmúrios e esquecimento até que eu nada seria. No trágico desespero me afogaria.

O quarto, ah! Nesse eu fui sem me entregar, era longe, era atencioso, me chamava de amor e dizia toda manhã: - Bom dia Amor.

Quando abri os olhos ele se foi, cansou, me deixou. E hoje resta solidão.

Sem forças para me entregar, hoje sou imparcial, meio revoltada, muito preocupada.

Serei eu a culpada?