A ÓRFÃ
Numa caminhada pela avenida,
Encontrei uma criança pela rua;
Observei que ela era mui sofrida
E estava maltrapilha, quase nua.
Parei e rapidamente perguntei:
-”Como é a tua vida?”
Com calma, a resposta eu esperei,
Enquant'ela chorava lágrima sentida:
- Seu moço! Não consigo nem falar.
Por favor, espere só um momento;
Preciso meu coração acalmar,
Pra relatar o meu sofrimento:
- Quando eu era inocente e pequenina,
Meu pai me abandonou e foi embora;
Minha mãe doente e tão franzina,
Desesperou-se naquela triste hora.
Passamos muitos anos de padecimento,
Até que mamãe de papai esqueceu;
Mas, sua doença agravava a todo o momento,
E nesta tarde, seu moço... Mamãe morreu!