Alma dos Pássaros

Esqueci minhas mãos laboriosas

Tornei o meu ser, um jogo de espera.

Dividi minha cabeça em pedaços de tristeza.

Não mais escrevi!

Palavras em revoada

Lançaram-me no poço profundo

Da insensatez.

O que dizer aos peregrinos?

Caminhei... caminhei

por entre dias e noites aflito e sem luz.

Mas eis que desperto

Para esse céu mesclado

Como se meu íntimo o fizesse espelho,

Resgatando a alma digna dos pássaros

que calmamente me sorriem e me beijam.

Eis-me aqui,

Como a luz difusa da aurora

Tentando viver o que não vivi!

sonia barbosa
Enviado por sonia barbosa em 10/10/2005
Código do texto: T58272