Dia ruim

Meus acordos são vãos,

insistem em decorar abismos,

constroem muros baixos,

e tudo passa.

Meus silêncios insistem em cantar refrões que não existem,

eu continuo com os mesmos defeitos.

E tenho uma dose diária de algum humor vazio,

tenho tentativas acumuladas em gotas,

e todas elas me transformam no que não sou.

Quem eu sou?

O que sou?

Nenhum comprimido me escapa,

e as noites contam cercas, e nenhum animal.

E eu conto os segundos,

as possibilidades de encontrar uma sombra por aí.

Je crois que je suis fou.

Mas rolei as escadas mais de uma vez.

E o mar aumentou.

Minhas leis são mesmo

leis que escapam.

Tatiana Marques (Tath)
Enviado por Tatiana Marques (Tath) em 01/06/2017
Código do texto: T6015357
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