Identidade Distímica

O corte na carne crua que transcende a própria camada

Se sente o verdadeiro medo, emudece a voz encantada.

Da seda à própria virtude imaculada, sem ferimentos.

Envergonha-se da nudez ao olhar-se por dentro.

Tombos e mais tombos, visão sem enxergar.

Pé desajeitado que no âmago da dor põe-se a falhar.

O vento gelado carrega o tempo

O ar parado não se torna vento

Sonhos então surgem para enganar

No prazer onírico sempre estará a ganhar

Mas no ato de ser quem realmente é

Vê-se ao lado da cama, acordado e de pé.

(Guilherme Henrique)

PássaroAzul
Enviado por PássaroAzul em 21/01/2018
Reeditado em 17/05/2018
Código do texto: T6232428
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