Queria tanto

Outra vez

As palavras são como martelos

A esmiuçar o meu ser

Fazendo-me soltar gritos

Que sente o meu coração…

Uma grande dor!

Golpes brutais

Dilaceram os meus sonhos

Aqueles que sempre tive com você.

O que abraça o meu corpo

É a agonia,

O medo de perder-te

E a saudade tomar conta de mim.

Liberte-me!

Solte-me dessas correntes

Que sejam golpeados os grilhões

Que prendem a minha alma.

O espelho revela-me

A dor que está em meus olhos

A infelicidade

Que transtorna-me silenciosamente.

Eu ainda te amo

Com aquele amor tão profundo

Que revela os meus olhos.

E eu queria tanto

Que seus olhos brilhassem para mim

Que visse o meu sentimento

E aceitasse-me junto a ti.

Andaria eu por toda terra

Saltando de alegria

Pela felicidade em encontrar-te.

Mas, todo esse esforço é vão

Se seus olhos já não estão aqui

Minhas palavras são soltas ao vento

Da desilusão...

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense