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in "Poemas do Adeus"

O Fim do “Poeta” que um dia Foi em 2017

da era-cristã

ou

Poema NADA

ou

Tatuagem

ou

Os Poetas Enfim se Calam Escondidos

em Algum Sótão

A vida é porca

É uma bosta,

A vida perdeu

O sentido

A honra

O pudor

O orgulho

O eu

O comum

O social senso

Aceito ou

Não,

Hoje em dia

Podes ser

O que quiseres

Um fiasco

Suicida

Um pederasta de nada

Uma merda

Que dá

No mesmo

Vender a alma?

Que diferença

Faz?

Nem bem

Nem mal

Nem amor

Nem idealismo

Nem progresso

Nem alma

Sem espírito

Nem teu “melhor eu”,

O que interessa

É ser falso

Falso

Efeminado

Sequer corrompido,

Escravo,

Subserviente

Por nada

Por nada,

Tuas verdades

“absolutas”

Tua individualidade

Já não valem

Nada

Não existem.

O que impera

É ser falso

Por mais teu mundo

Interior esteja

Desabado

-- Por interesse?

Por nada

Nada

Mesmo pela tua fé,

Mesmo além dela

Eis o grande niilismo,

Que impera

A última derrocada

O fim do orgulho:

Ser massa.

Um monte insignificante,

Enfim,

-- Conseguiram os nazistas –

De não-ser,

De merda-nada.

Fernando Munhoz
Enviado por Fernando Munhoz em 13/06/2018
Reeditado em 13/06/2018
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