Senzala

Os senhores dos canaviais,se embriagam nos vinhos das chapadas

Observando a tempestade da janela embaçada,lá fora a mãe escrava

acalenta seu doente, entoando uma canção baixinho nos seus braços

A canção falava da liberdade num dia novo para ser vivido.

A chuva é o frio eram impiedosamente,na noite que os escravos trabalhavam

sobejamente naquelas horas que eram de muitos dores e sofrimentos.

Os barulhos e os estalos dos facões e machados é misturado com o

choro do menino doente e a fé que tinham como última esperança.

Quando aproxima os minutos de sereno,o pranto do menino doente

vai ficando sequioso e fraquejado,todos estão extenuados no amanhecer

Junto com imenso silêncio, não se escuta cantos e ruídos na mata

Lágrimas rolaram do rosto da mãe escrava pela vida de mais um anjo

que parte deixando as senzalas, ganhando a liberdade indo pro céu

dos meninos inocentes, ficando àqueles que crescem e luta pra ser livres.

Antologia.. do autor. Marcos Aurélio..1990