Sono antecipado(Poema 29)

Ela dorme em cama suave e limpa.

Os raios de sol brilham em sua face

Pálida; os dedos entrelaçados e rígidos

São como velas de cera pequena.

O liso cabelo e suave opaco fica,

O pequeno ventre continua distendido.

Ei- la deixada como uma estátua

Pequena, bela e totalmente impassível.

Dois homens ao redor conversam rapidamente,

Decidem que a pobre a garota não dorme

O sono noturnal, o corpo é deposto com

Força em vala fria e escura.

Mas a doce e pálida moça volta

A si em alguns minutos, encontra-se

Dentro de um saco frio e velho.

Ela balbucia e chama por alguém,

Mas a noite corre silenciosamente,

Vaga e soturnamente, nenhuma sombra

Que possa deixar algum caminho...

O desespero de ver-se enrolada

Como simples mercadoria cria

Na pálida garota descomunal força.

Arrancado o saco fétido e inútil

O olhar da pobre moça volta-se

Para um desolado bosque, a respiração

Volta em longos haustos, deveria ela sentir

Alegria por sair do mortífero sono.

O coração bate em pequenas batidas,

O odor da semi-morte nos cabelos,

Rosto e pescoço movimentam-se

Para longe de um sono tão perturbador!

Martin Schongauer
Enviado por Martin Schongauer em 17/08/2018
Reeditado em 07/05/2023
Código do texto: T6422321
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