OLHO DE TORO

Os mesmos dedos apontados

As mesmas dores eternas

Os mesmos monstros, os mesmos fantasmas

Sempre acampando em minha cama

Os mesmos comentários cada vez mais maldosos

Os mesmos círculos criando burburinhos

Os mesmos rituais de afastamento

As mesmas pessoas experts em evitar

As mesmas flores nas lápides de concretos

Com o vento a empurrar

Os mesmos olhares e discursos perdidos:

Quem diria, parecia tão feliz...

Felicidade falsa em uma capa externa

Se afundado cada vez mais em sua caverna

Não queria sair do mundo

Só queria que não doesse mais