O Término e o Tempo!
O término
Terminamos o que mal começamos
Terminamos da mesma forma que iniciamos
Com medos e anseios
Com sonhos e devaneios
Mas será que terminamos?
Terminar é esquecer
Esquecer é desvanecer, endurecer!
Como esquecer?
As conversas filosóficas, instigantes
Os beijos românticos e picantes
Os passeios alucinados, engraçados
Os jantares atarantados e temperados
O tempo!
Este e sua magnitude
Virtude!
Faz atenuar as afáveis e belas alegrias
As amargas e tristes disforias
Como é dúbio, o tempo!
Um aliado da mente aflita
Um divisor da história, da vida
Um envelhecer, desprender
E enfim, um morrer, se perder
Ou talvez um se encontrar, regozijar
Talvez seja aqui e talvez seja lá
Onde um Deus provavelmente nos encontrará!
O Término e o tempo
Traz-nos paz e tormento,
Com o tempo, talvez o fim, enfim!
Ou, se tivermos sorte, um convim!