Nada chama o meu nome
Céus de esperança derreteram numa chuva de sonhos perdidos
E eu acorrentei minha solidão na indiferença dos seus olhos.
Na fala ausente os fantasmas das palavras já anunciavam o desespero da noite
Minhas palavras sólidas de tanto amor tornaram-se a neblina do nunca mais
E orvalharam nas flores do fim do mundo.
Uma entrega de sentidos sem sentido algum
Eu insisto em guardar ilusões
Enquanto o Inferno soluçar nas profundezas ásperas da minha garganta esquartejada em versos
Eu insistirei em guardar ilusões
Só para poder sentir alguma coisa
Pois você matou aquilo que era imortal em mim
E nada, nada me chama a atenção
Nada chama
O meu nome.