Nada chama o meu nome

Céus de esperança derreteram numa chuva de sonhos perdidos

E eu acorrentei minha solidão na indiferença dos seus olhos.

Na fala ausente os fantasmas das palavras já anunciavam o desespero da noite

Minhas palavras sólidas de tanto amor tornaram-se a neblina do nunca mais

E orvalharam nas flores do fim do mundo.

Uma entrega de sentidos sem sentido algum

Eu insisto em guardar ilusões

Enquanto o Inferno soluçar nas profundezas ásperas da minha garganta esquartejada em versos

Eu insistirei em guardar ilusões

Só para poder sentir alguma coisa

Pois você matou aquilo que era imortal em mim

E nada, nada me chama a atenção

Nada chama

O meu nome.

Lumontes (Lucas Montenegro)
Enviado por Lumontes (Lucas Montenegro) em 05/11/2018
Código do texto: T6495305
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