MIRAGEM

Só me resta esquecer,

Fingir que nada aconteceu...

É o que se deve fazer

Quando nada correspondeu...

O olhar de ternura, de felicidade...

O beijo apaixanado e doce...

O abraço que traduzia a vontade

De estar ali ou onde quer que fosse...

Como dói, como machuca

Essa fria indiferença...

Os versos são minha fuga

Dessa angústia que me atormenta...

Como doce miragem

Que se desfaz com o vento,

Foste amarga aprendizagem

Que me tirou todo o alento.

Minha alma sangra,

Sepultei o puro amor.

Com ele, se foi a esperança...

Meu mundo perdeu a cor...

A solidão acalenta o vazio,

A tristeza pede para ficar...

Meu semblante, agora sombrio,

Guarda as lágrimas que deixo rolar...

MCSCP

Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP)
Enviado por Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP) em 07/11/2018
Código do texto: T6496450
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