Continuar?
Não sei mais, tudo parece tão vago
Todas as cores se foram, só ficou o cinza
De nada adianta eu tentar lutar contra
É algo que já tomou conta de mim
Por mais que eu tente, tente muito
Reverter tudo que se passa na minha cabeça
Não sei como continuar, seguir em frente
Meu futuro antes tão certo, agora nem o vejo
A ansiedade bate na porta mais uma vez
Uma velha hóspede, aquela bem chata
Sai um fim de semana ou outro
Sem avisar ninguém, deixando a paz
Porém ela volta, exatamente como foi
Às vezes volta até mais chata e insuportável
Ela saiu sem avisar, mas retorna avisando
Esbravejando, tirando a tão sagrada paz
Pode parecer que você conseguirá acalmá-la
Ela não parece tão irritada, não é mesmo?
Mas então o monstro é liberto mais uma vez
Em questão de segundos, tudo é destruído
Você pode até tentar correr, até se esconder
Mas ela vive comigo, sem nem pagar aluguel
Ela se faz mais presente que minha sombra
Esperando somente o menor deslize meu
Não aguento mais lutar contra, estou exausto
Vocês não tem noção! É uma agonia diária!
Não é fácil! NÃO É! Quem dera fosse....
Eu vou jogar a toalha, abandonar a luta
Até por que ela já foi comprada desde o início
Queria ser forte sabe, forte o bastante
Pra lutar por mim e pelos outros
Mas sou fraco, qualquer coisa me quebra
Não consigo nem me salvar de mim
A minha mente parece um lugar escuro
Onde não há nenhuma esperança
Os olhos de todos te julgam o tempo todo
Enquanto ELE age como supremo juíz
Carpe Diem