Peito Oco

Parecia que eu estava sangrando,

Direto do meu coração quebrado,

Não havia mãos para compreesá-lo,

Não houve um choro a me libertar,

Os dias escuros refletiram em mim;

Quando fiquei mais calado que nunca,

(Até minha mãe notou que dormi cedo),

Quando escrever não trazia-me paz,

(Até meu caderno sentiu o meu vazio),

Eu estava fugindo para não sei onde;

Eu já não queria mais tentar,

Pois cada ato em vão machucava mais,

E a cada mágoa, a cada nova ferida,

Era como morrer mais uma vez,

E eu cansei de ter de renascer tanto;

Fiquei triste como uma canção no cello,

Me senti solitário, dentro de um buraco,

No peito oco, na garganta sem voz,

No coração que enterrei numa concha,

Para que eu não caísse em vacilo;

A frustração cobria todo o meu corpo,

A vergonha, eu usava como máscara,

Como eu me deixei ser pego de novo?

Qualquer movimento novo em vão,

Poderia ser fatal, eu já não tinha forças;

(Data: 21 de Novembro de 2018)

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