Momento abrupto!

Trago-te nas mãos,

mas com os meus braços já decepados

porque o amor evaporou

na mais quente estação da alma,

ganhou a estrada, partiu!

A alma assiste tonta a tanta morte.

Morre a esperança,

o afeto,

o sabor,

o olhar.

Nascem a fúria do tufão dos sentimentos,

a voz calada não lamenta,

mas o coração sente e aguenta firme

a dor do desamor

na pior escuridão da madrugada,

quando estou só comigo mesmo

e o mundo...

no mais escuro e profundo de certas madrugadas.

Sou feliz?

basta perguntarem para Deus,

meu refúgio sem horas,

meu abrigo de portas escancaradas,

minha mais amada e pura Luz.

Meu pranto vai adocicar-se

e meu mundo reencarnar-se

apenas para mim.

Se há solidão, paciência,

Meu mundo faz a diferença...

de ninguém ousar

ser-me de outro jeito,

perfeito...

como não se pode querer-se mais bem