Tempos verde.

TRISTE CORTEJO

Tristeza em cortejo dançando na chuva

pingos tornam-se cascatas e afogam as emoções.

Desvairado, louco, preenche as narinas de solidão

tenta-se resgatar sob a perseverança, em vão,

a melancolia não da tempo para respirar.

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TEMPO DI AGORA

Saudades dos tempos de criança

tristeza era ouvir 'mainha' gritar para entrar,

de súbito, decepção transformava-se em um sublime prato de jantar.

Orelhas tantas vezes tracionadas

de tanto mamãe falar: 'meu filho, aproveite cada estágio não adianta a largada queimar (...)'.

Mãe dizia que a tristeza estava sempre a espreita,

seduzindo, esperando para dançar.

Ah... bobo eu querendo logo envelhecer.

Tanta liberdade, despreocupação, por que tanto reclamei!?

Saudades dos tempos verdes.

Cai do pé antes da hora.

Quebrei a cabeça...

Em prantos, poesia regenera tristeza em beleza.