Guararema

Aos trancos e barrancos, vamos seguindo nossa vida juntos.

No amor e na dor, trilhamos nosso caminho.

É falta de coragem que nos faz grudados?

É medo do desconhecido?

Será que não conseguimos mais viver separados, mesmo tóxicos?

Ou será que, de fato, o amor supera todas as coisas...

Mas parece que não os nosso defeitos?

Na falta do primeiro passo, vamos dando outros juntos.

E tropeçamos.

E caímos.

E levantamos.

Mancamos.

E continuamos juntos...

O que nos une agora?

É nosso herdeiro?

A melhor coisa que fizemos juntos?

É nosso falho-amor?

Ou nossa esperança de um futuro melhor?

Será que um dia vamos parar de jogar facas e pedras no outro

E passaremos a entregar rosas?

Quando foi que começamos a machucar o outro?

Onde deixamos nossa admiração?

Será que ficou em alguma casa e esquecemos de encaixotar na mudança?

Como foi que o carinho foi pra longe?

Será que esquecemos a janela aberta e ele pulou?

Nosso amor, tão machucado, dá sinais de mortalidade

E não tenho forças...

Eu não sei o que fazer...

Me sinto afogando num mar de tristeza e mágoa,

Não quero que nossa história se resuma a isso.

Quando foi que deixamos de ser amigos e passamos a ser inimigos?

Onde foi que deixamos nossa paixão pelo outro?

Será que esquecemos naquele quarto em Guararema?

Me parte o coração ver que deixamos nossa história

E nosso amor, ó nosso tão belo amor,

Machucar-se a tal ponto

De chorar e só chorar.

Ananda Quintas
Enviado por Ananda Quintas em 17/02/2019
Código do texto: T6577183
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