Esconjurados Prantos
Por vezes, fechar os olhos pode configurar um pleonasmo vicioso, quando comparado à morte
Pois sempre há inúmeros sentidos confusos e tendenciosos rondando-nos
E se, por acaso, meu corpo se tornar santo?
Nesse caso, então, levantar-me-ei apenas para morrer
Em outros termos...
Abraçarei, impetuosamente, a dissolução da vida em obscuros prantos
Esconjurados prantos
Mesclados aos desencantos
Originando a natureza dos desumanos
Conservando-se no decorrer dos anos
Entretanto, você arranca nada mais que pétalas da minha existência
E quanto à minha infindável imersão em estado de crônica displicência?
Inóspitos corações, como o meu, estão, também, dançando ao vento?
As bênçãos e maldições confundem-se na melodia dos lamentos
Redenções insuficientes
Sentimentos incoesíveis como insurreições divergentes
Prossecuções sucumbentes
Sempre nos contam mentiras tão convincentes...