Crises
Corre a brisa quase morna em mim,
sinto com ela ir meu pranto assim sem razão, mas
destruindo o coração em pedaços, meu segredo
revelando aos meus pensamentos o orgulho ferido.
Concluo apenas no interior de minha mente
que nada me faz vencer a angústia que cisma contínua
refletir meu espelho de desencontros ora encontrados
enfernizando meus belos sonhos, de gente bela construído.
Seco as lágrimas teimosas estas tão resistentes,
cujos olhos ardem sei lá porque razão, saltam quentes
em um cenário nunca o adequado, pois vêm furtivas, ladras do
temor meu, quase sem o respeito a que solicito.
De vergonha, choro não...
entrego-me nas asas dos sentimentos conhecidos meus, apenas meus
quem dera os fizesse a outro conhecer,
seria reinventado o amor, esse não sei quê atordoante, pouco sentido, muito falado.
Vento vadio, sussurros soluçantes, mas nunca percebidos.
Entrego-me aos questionamentos, perguntas vãs,
estas reticências, pausas incompreendidas, até mesmo por mim
sempre mudas, sem respostas
Deus responde n'alma, mas a cobre do mais completo sigilo
pois nas sombras do silêncio é que se ouve o grito
reprimido às amostras.
Vai comigo, pranto de esperas, de atalhos que percorri
para fugir dos caminhos, da dor...mágoas minhas.
Surgem luzes, claridade enfim,
novas e revoltas ondas não podem roubar
a alegria que vive em mim.
CidaDiPaula.