O som do trovão
O som do trovão,
que você escuta
que eu escuto
quando contemos as lágrimas
engolimos a seco.
Para não ouvirmos o óbvio, conselhos não solicitados.
O som do trovão
da tempestade que esconde atrás dos olhos.
Essa que corta, arde.
Ferida que fecha e logo reabre.
As faces de distorcem,
vejo anuviarem,
embaçarem,
mas preferia que desaparecessem.
As vezes só o chuvisco.
As vezes desata
é um risco.