Teus sofrimentos, minha dor
O dia acorda,
com o aspecto de querer voltar a dormi,
abro a janela ansioso,
por mais um dia comum,
com o céu nublado,
parecendo estar chorando,
e você se escondendo,
feito uma criança assustada.
Ainda ansioso,
sem me abalar ou desanimar,
o céu parecendo cair sobre mim,
o forte vento não me deixa andar,
olho para cima,
e lhe peço um sorriso,
e percebo, o dia não é mais comum,
você esta triste.
Em minha trajetória,
o vento sopra a poeira,
a neblina esconde os perigos,
mesmo que muito frágil,
você não derrama uma lagrima,
escuto você gritando,
e sinto a tua dor,
e consigo ver alem do horizonte.
Vejo o fogo,
os venenos em teus olhos,
vejo as enchentes,
porque choras tantos meu amigo?
vejo os furacões,
e com ele a fome de destruições,
meu amigo,
o que fizeram com você?
Volto em mim,
com um pouco de ti,
teus olhos que tudo vê,
tuas lagrimas que tudo encharca,
tua boca que tudo engoli,
meu coração,
a tua alma,
e os nossos sentimentos.
No final do dia,
você me abandona,
me deixa na companhia de tuas lagrimas,
sobre um manto negro,
que mais parece o coração do homem,
o qual a luz chega,
mas nada ilumina,
nada transforma.
Vou deitar-me,
esperando te ver sorrir amanha,
sobre o manto negro,
vejo a tua amada,
triste e ofuscada,
sozinha e solitária,
sem o seu calor,
e sobre suas lagrimas ela chora.