Teus sofrimentos, minha dor

O dia acorda,

com o aspecto de querer voltar a dormi,

abro a janela ansioso,

por mais um dia comum,

com o céu nublado,

parecendo estar chorando,

e você se escondendo,

feito uma criança assustada.

Ainda ansioso,

sem me abalar ou desanimar,

o céu parecendo cair sobre mim,

o forte vento não me deixa andar,

olho para cima,

e lhe peço um sorriso,

e percebo, o dia não é mais comum,

você esta triste.

Em minha trajetória,

o vento sopra a poeira,

a neblina esconde os perigos,

mesmo que muito frágil,

você não derrama uma lagrima,

escuto você gritando,

e sinto a tua dor,

e consigo ver alem do horizonte.

Vejo o fogo,

os venenos em teus olhos,

vejo as enchentes,

porque choras tantos meu amigo?

vejo os furacões,

e com ele a fome de destruições,

meu amigo,

o que fizeram com você?

Volto em mim,

com um pouco de ti,

teus olhos que tudo vê,

tuas lagrimas que tudo encharca,

tua boca que tudo engoli,

meu coração,

a tua alma,

e os nossos sentimentos.

No final do dia,

você me abandona,

me deixa na companhia de tuas lagrimas,

sobre um manto negro,

que mais parece o coração do homem,

o qual a luz chega,

mas nada ilumina,

nada transforma.

Vou deitar-me,

esperando te ver sorrir amanha,

sobre o manto negro,

vejo a tua amada,

triste e ofuscada,

sozinha e solitária,

sem o seu calor,

e sobre suas lagrimas ela chora.

Thiaguinhu
Enviado por Thiaguinhu em 24/09/2007
Reeditado em 28/09/2007
Código do texto: T667055