NUNCA MAIS

O sonho de um grande amor esmaecido,
O caminho para o seu coração obstruído,
Pelo seu estranho comportamento.

O peso da dor, o descompor da fisionomia,
Os fragmentos da decepcionada poesia,
Perdidos como eu, no sem rumo do vento.

A vontade de me lançar na barra do seu vestido,
Dizer que sem você o mundo não tem sentido,
É um céu sem estrelas, um painel cinzento.

A certeza que nada disso mudaria,
A dureza do seu coração, o não, resistiria,
Ao sim, a mim, ao meu imprudente dobramento.

A lágrima escondida na esquina do olhar,
A impossibilidade de me expressar,
De explodir os meus poéticos sentimentos.

Os seus passos se distanciando bem devagar,
O meu eu dizendo: - nunca mais vou amar,
Não dá para suportar tantos desfolhamentos.